Olá a todos! E aqui temos mais um vídeo do Só Ler Não Basta, desta vez sobre a literatura no feminino. Este mês tivemos como convidada a Safaa Dib, da editora Saída de Emergência, e com ela conversámos sobre autoras, sobre a visibilidade das mulheres no meio editorial, sobre autoras favoritas, sobre o público leitor feminino... Foi uma conversa muito interessante e, no fim, recheada de recomendações de leitura :)
Título: Flowers in the Attic
Autor: V. C. Andrews
Lido no Kobo
Sinopse (do Goodreads):
Autor: V. C. Andrews
Lido no Kobo
Sinopse (do Goodreads):
"Such wonderful children. Such a beautiful mother. Such a lovely house. Such endless terror!
It wasn't that she didn't love her children. She did. But there was a fortune at stake--a fortune that would assure their later happiness if she could keep the children a secret from her dying father. So she and her mother hid her darlings away in an unused attic. Just for a little while.
But the brutal days swelled into agonizing years. Now Cathy, Chris, and the twins wait in their cramped and helpless world, stirred by adult dreams, adult desires, served a meager sustenance by an angry, superstitious grandmother who knows that the Devil works in dark and devious ways. Sometimes he sends children to do his work--children who--one by one--must be destroyed...
'Way upstairs there are
four secrets hidden.
Blond, beautiful, innocent
struggling to stay alive..."
Opinião:
Estão a ver quando encontram coisas trágicas no facebook e em vez de "like" o que vocês queriam fazer era "dislike"? Este livro é mais ou menos isso.
A sinopse é bem expressiva. Família aparentemente perfeita: pai, mãe e quatro filhos todos louros, de olhos azuis, lindos, bem sucedidos, até que um dia o pai morre num trágico acidente de viação. Sem meios de sustento e completamente sozinha, a mãe pensa ter a solução dos problemas da família, se se conseguir reconciliar com o seu próprio pai, milionário, e convencê-lo a pô-la como única herdeira de toda a sua fortuna, quando ele morrer. Mas há um senão: como ela e o seu pai não se dão bem, e ele não sabe da existência dos netos, as crianças têm que passar uns dias no sótão do casarão do avô, até que a mãe consiga atingir o seu objectivo. Temos, então, quatro crianças encarceradas num sótão, uma avó monstruosa que os considera qualquer coisa como as sementes do Diabo, segredos vários e anos agonizantes de incompreensão e de maus tratos.
Que ódiozinho à avó e, ainda mais, à mãe - Corrine. Eu sei que este livro é ficção, mas senti-me tão revoltada durante toda a leitura! Os dois irmãos mais velhos, Chris e Cathy, vêm-se obrigados a crescer mais depressa ao serem encarregues dos cuidados dos irmãos mais novos, um casal de gémeos: Cory e Carrie. Todos crescem sozinhos, especialmente Chris e Cathy, que passam por todas as transformações da adolescência sem noção de algumas coisas que lhes acontecem e sem perceberem porque sentem determinadas coisas. Cory e Carrie não crescem. Não evoluem. Todos são alimentados à mingua e os gémeos permanecem sempre crianças de cinco anos. São enervantes as mentiras que vão alimentando as esperanças daquelas crianças de, um dia, poderem sair dali. São comoventes os esforços de Chris e Cathy em tornarem o sótão num sítio mais habitável e divertido para os mais novos, as histórias que contam para os acalmar e assegurar que estão bem e seguros ali, a maneira como desculpam a mãe de determinadas acções. A maneira como Chris e Cathy se tornam os pais de Cory e Carrie.
Há aqui muita coisa a ser retirada para além do óbvio. A idolatração da mãe, por parte de Chris, o ciúme da mãe para com Cathy, mais nova e tão parecida com ela, a personalidade forte e intuição de Cathy, a única que confronta a mãe, as questões religiosas, uma vez que a avó é fanática e impõe uma série de regras aos netos, todas elas baseadas em supostos pecados e comportamentos pecaminosos, há o crescimento e a estagnação, a descoberta da sexualidade, a ganância...
Não é um livro fácil de se ler porque testemunhamos a vivência (será que se pode chamar de vivência?) destas crianças que, de repente, são privadas de tudo. Até do sol, uma vez que não podem abrir as cortinas do sótão. É tudo muito comovente, muito emocional e revoltante. E podemos ver a que meios as pessoas estão dispostas em prol de riquezas materiais.
É um livro muito bem escrito, que nos coloca as emoções à flor da pele, enquanto lemos de coração apertado aquilo que vai acontecendo. Deixa-nos boquiabertos, tristes, ao depararmo-nos com algumas cenas que, mais tarde ou mais cedo, saberíamos que iam acontecer. É um livro duro e perturbador. Penso que é sempre complicado ler livros que falem de maus tratos a crianças, ainda para mais quando isso vem da família. Mas, ainda assim, uma leitura que gostei muito.
5/6 - Muito Bom
(Esta leitura conta para os desafios TBR Pile Reading Challenge e Monthly Keyword Challenge)
Título: The Eagle and the Raven
Autor: Pauline Gedge
Lido no Kobo
Sinopse (do Goodreads):
Autor: Pauline Gedge
Lido no Kobo
Sinopse (do Goodreads):
"Spanning three generations, this historical novel tells the tale of Boudicca, the most famous warrior of ancient Britain, and Caradoc, the son of a Celtic king, who sets out to unite the people of the Raven and lead them against Rome. Caradoc's objective is not easily accomplished as the Roman army advances into Britain, raping Celtic women and burning villages to the ground. His efforts are also met with fierce opposition from Aricia, the vain queen of a northern tribe who swears allegiance to the Romans after Caradoc slights her, and from Gladys, Caradoc’s warrior sister who falls in love with her Roman captor. Unfortunately, Caradoc’s endeavors are left unresolved when he is taken prisoner, but Boudicca, a strong-willed woman, ultimately takes up the cause that was Caradoc’s legacy."
Opinião:
Um calhamaço de pouco mais de 700 páginas que li no Kobo e que me mentalizei, logo quando comecei a lê-lo, que era leitura para demorar o seu tempo e, por isso, já sabia que ia passar o mês de Março todo com esta leitura. A sinopse é um pouco enganadora, bem como a capa. Na sinopse diz-se que este livro é sobre a história de Boudicca, uma guerreira celta inglesa, rainha da tribo dos Icenos, e na capa a imagem que encontramos é referente a uma mulher guerreira, provavelmente a Boudicca. Porém, a personagem principal deste livro é Caradoc, o chefe da tribo Catuvellauni, e só nas últimas 100 ou 200 páginas é que Boudicca ganha destaque. De certa maneira percebo o porquê, uma vez que é preciso contexto para se perceber como se chegou à situação em que Boudicca acabou por se rebelar, mas... 500 páginas até chegar lá? Vamos por partes.
Um dos pontos fortes deste livro, como ficção histórica, é o retrato da cultura celta. Todo o livro é sobre o ponto de vista das tribos celtas e espelha muito bem os seus rituais e crenças, o seu modo de vida, a romanização da ilha, as trocas comerciais e as rivalidades entre as tribos. Neste aspecto, o livro é muito rico em descrições e ficamos com uma ideia muito boa de como as coisas funcionavam naquele tempo. O mundo celta ganha vida e conseguimos ver, perfeitamente, todos os detalhes daquele povo, desde a roupa e acessórios que usavam, à construção das casas, aos ritos e ideais dos celtas. Gostei, ainda, do facto de terem sido incluídas palavras celtas bem como referências directas a deuses celtas irlandeses, o que foi uma aposta arriscada da autora, uma vez que não há registos de uma mitologia celta de origem inglesa. Ainda assim, gostei deste pormenor. Também gostei de ver a evolução das personagens, principalmente de Caradoc. De miúdo inconsequente a chefe de tribo, é sobre ele que passam a recair todas as responsabilidades, incluindo o futuro de Albion, e a mudança interior dele, as dúvidas, os conflitos interiores, os erros, estão muito bem descritos e tornam Caradoc muito humano. Um dos pontos fortes, sem dúvida.
Por outro lado, o livro arrasta-se e arrasta-se... Há partes monótonas, não há momentos de grandes emoções, o ritmo do livro é muito linear e mesmo em alguns momentos que seriam de maior tensão, confronto armado, personagens que morrem, intrigas, a autora não consegue passar grandes emoções para o leitor. E depois há cenas que se alongam e alongam e que apesar de fazer sentido para percebermos o percurso das personagens, algumas são dispensáveis para a história que a autora, em primeiro lugar, quer contar. Dizer que o livro é sobre Boudicca quando ela aparece e ganha destaque já só a 200 páginas do fim, é muito mau. Além disso, há outras mulheres fortes e interessantes ao longo do livro que podiam ter um destaque maior, mas acabam relegadas para segundo plano. Uma delas é Eurgain, mulher de Caradoc, que eu adorei, a outra é Aricia. Todas as mulheres são fortes, leais, guerreiras e gostei bastante deste retrato. Mas sempre relegadas para segundo plano...
No fim de contas, não posso dizer que não gostei deste livro. Gostei, mas podia não ser tão longo, com um ritmo tão morno, sem grandes clímaxes, sem altos e baixos. Por vezes li na diagonal, saltei algumas partes para ver se a coisa se tornava mais interessante, mas senti-me frustrada e, por vezes, aborrecida. Senti, no início, que este livro podia quase ser um épico mas faltou-lhe qualquer coisa. Além disso, aquele engano da sinopse sobre o facto do livro ser sobre Boudicca... Esqueçam. É um livro sobre a luta das tribos celtas contra o domínio romano, que começa em Caradoc, personagem principal do livro, e acaba em Boudicca, num episódio super conhecido da história de Inglaterra. Uma mulher de coragem que não teve medo de lutar contra os romanos. Sobre ela gostei muito mais de Os Corvos de Avalon, de Marion Zimmer Bradley e Diana L. Paxson. Esse sim, centra-se em Boudicca.
Ainda assim, é um livro bom, demonstrativo da luta travada entre celtas e romanos, bem como um retrato fiel de ambas as culturas. A parte da rainha Boudicca é mais agitada, mais emocionante, é o auge deste livro, mas eu já vinha tão "cansada" do resto, que já só queria acabá-lo. Ler um livro de 700 páginas e só nas últimas 200 encontrarmos aquilo de que estávamos à espera... Tende cuidado.
4/6 - Bom
(Esta leitura conta para o TBR Pile Reading Challenge 2014)
Título: Danças da Floresta
Autor: Juliet Marillier
Editora: Bertrand
Páginas: 336
Sinopse:
Autor: Juliet Marillier
Editora: Bertrand
Páginas: 336
Sinopse:
"Este livro da autora é inspirado no conto de fadas As Doze Princesas Bailarinas. É a história de cinco irmãs intrépidas, em luta com quatro criaturas sinistras, três misteriosos presentes mágicos, dois amantes proibidos e um sapo enfeitiçado. Há muitos mistérios na floresta. Jena e as suas irmãs partilham o maior de todos, um segredo fantástico que lhes permite escapar à vida diária nos campos da Transilvânia, e que mantiveram escondido durante nove anos. Quando o seu pai adoece e tem de abandonar o seu lar na floresta durante o Inverno, Jena e a sua irmã mais velha, Tati, ficam encarregues de cuidar da casa e das outras irmãs. O surgimento de um misterioso jovem de casaco preto faz nascer o amor numa das irmãs e, subitamente, Jena apercebe-se que tem de lutar para salvar aqueles que lhe são mais queridos. Acompanhada por Gogu, Jena tem de enfrentar grandes perigos para preservar não só as pessoas que ama, como também a sua própria independência e a da família."
Opinião:
Comecei a ler este livro para desanuviar da leitura de The Eagle and the Raven que, para além de ser um calhamaço, está a aborrecer-me um pouco. E como tinha este livro para encaixar num dos desafios mensais, decidi partir para ele.
Neste livro seguimos a história de cinco irmãs pelo olhar da segunda irmã mais velha, Jenica. Estas irmãs conseguem aceder ao Outro Reino nas noites de lua cheia, onde encontram fadas, anões, seres fantásticos e estranhos. Um mundo regido por leis e regras próprias, de onde brota a magia mas também o perigo. Jenica, ou na sua versão abreviada, Jena, é uma rapariga independente, o braço direito do pai nos seus negócios, a mais sensata das irmãs e com a peculiaridade de ter um sapo como seu melhor amigo, Gogu. Porém, com a ausência do seu pai, há perigos que rondam Jena e as irmãs, bem como o futuro da sua propriedade, Piscul Dracului. Perigos do Outro Reino e perigos do mundo "real".
Gostei bastante deste livro por causa de Jena e de Gogu. Jena é uma miúda com uma maturidade acima da das raparigas da sua idade, embora noutros assuntos ainda se veja a braços com uma incompreensão típica de uma adolescente. Apesar de tudo é uma rapariga forte, com convicções fortes e que se mantém fiel a elas. É ela que vai tentar resolver os problemas da família e é sobre ela que pendem todas as decisões. Por outro lado, o sapo Gogu é o companheiro de Jena que tem opiniões bastante vincadas e sobre o qual Jena se apoia e procura conselhos para os seus problemas. Gogu é o seu alicerce e mais fiel amigo. Já na esfera dos ódiozinhos de estimação, aquele primo Cezar é uma pessoa detestável! Cada vez que lia uma parte em que ele entrava, apetecia-me rasgar as páginas do livro! (nada temam, o livro está intacto e em bom estado...)
Adorei o facto de Juliet Marillier ter conseguido incorporar várias mitologias, várias tradições de contos de fadas que, de alguma forma, acabam por se conjugar de forma harmoniosa e fazer sentido dentro daquele mundo. Adorei o Outro Reino e as suas criaturas, a Clareira da Dança, Draguta e toda a narrativa à volta da família de Jena. Este é um livro com um tom mais juvenil, quando comparado com Sevenwaters mas, ainda assim, igualmente mágico, encantador e emocionante. Não ia com muita expectativas quando comecei a lê-lo, mas confesso que me surpreendeu com uma história relativamente simples, sem grandes surpresas, e que acabou por me agarrar.
5/6 - Muito Bom
(Esta leitura conta para os desafios Monthly Motif Challenge 2014 e TBR Pile Reading Challenge 2014)
Andava a apetecer-me responder a uma TAG e andei à procura de uma que fosse minimamente interessante aqui para o blog. Encontrei esta, A Sua Vida em Livros (que eu adaptei o título) que achei engraçada, no blog Ninhada Literária. Vamos às perguntas:
1. Escolhe um livro para cada uma das tuas iniciais.
Vou escolher só para as inicias do meu primeiro e último nome. Para a letra D escolho Dissolution, de C. J. Sansom. Um livro de crime e mistério que se passa durante o reinado de Henrique VIII. Adoro crime e mistério, adoro os Tudor, adorei este livro. Quero ver se leio o livro seguinte ainda este ano. Para a letra M foi tão difícil!! Escolho o Mabinogion, um conjunto de mitos e lendas celtas de origem galesa, que foram compilados e traduzidos no século XIX por Lady Charlotte Guest. Dentro desses contos encontram-se alguns que mencionam o rei Artur e outras histórias clássicas da mitologia celta que são um verdadeiro deleite para quem se interesse por estes assuntos.
2. Conta a tua idade pelos livros da tua estante: qual é o livro?
O livro que calhou foi o The Fellowship of the Ring, o primeiro livro da trilogia Lord of the Rings de J. R. R. Tolkien. Uma trilogia que li, finalmente, o ano passado e cada vez que falo nela, ou que me lembro dela, dá-me sempre vontade de a reler. É tão bom! Adorei perder-me naquele mundo e nas suas histórias.
3. Encontra um livro que se passe na sua cidade/região/país.
Bom, na minha cidade é um bocado complicado, mas vou alargar um bocadinho mais os limites e mencionar Os Maias de Eça de Queirós. É um livro que conto reler (não sei bem quando) porque apesar de o ter lido no secundário, acho que agora conseguiria apreciá-lo melhor.
4. Escolhe um livro que se passe num local que gostavas de conhecer.
Real ou imaginário? Ah pois... Se for imaginário, e para não ir ali ao Tolkien outra vez, gostava de ir a Avalon, como é retratada em As Brumas de Avalon, sem sombra de dúvida. Eu quero ir a Avalon!! Mas se falarmos de sítios reais, assim de repente, a Florença descrita em Inferno, de Dan Brown. É tudo tão vívido e tão cheio de história, arte, mistério, que eu dava por mim a ler o livro com o Google Maps ao lado e com imagens dos locais por onde a narrativa passava, e fiquei cheia de vontade de lá ir.
5. Escolhe a capa de um livro com a tua cor favorita:
A minha cor favorita é o preto e, por isso, vou escolher as capas da minha edição da HarperCollins da trilogia Lord of the Rings, do Tolkien, que são maioritariamente pretas. Podem vê-las aqui.
6. Que livro te traz boas lembranças?
O Nome da Rosa, de Umberto Eco. Eu passo a explicar. Na altura comprei o livro meio sem saber o que estava a trazer comigo. Sabia que era um livro considerado importante, uma daquelas obras que tem peso, para além do peso das suas folhas, e fui tentar a minha sorte. Mas foi o livro que me trouxe a curiosidade e o fascínio pela Idade Média e lembro-me de me deitar tardíssimo porque estava a ler o livro, completamente embrenhada na história. Tem passagens em latim, sem tradução? Tem. E continuo a não percebê-las. Mas o livro, para fim, é fascinante e traz-me à memória essa primeira descoberta do período medieval, que se tornou uma das minhas grandes paixões.
7. Qual o livro que tive mais dificuldade em terminar?
Não sei se foi o que tive mais dificuldade em terminar, mas foi o que me veio logo à cabeça: Persuasion, da Jane Austen. Não estava nada à espera que a leitura fosse tão aborrecida e com tão pouca acção. Li-o, mas foi uma leitura que me custou porque eu já dava por mim a ler na diagonal e a querer acabar o livro depressa para passar para outro. Não desgostei do livro, mas também não me satisfez.
8. Que livro ainda não lido me trará a maior sensação de "missão cumprida"?
Os Miseráveis, de Victor Hugo. Comecei a lê-lo, cheguei à página 100, acho eu, e depois parei. E ficou parado. Acho que quando conseguir ler Os Miseráveis de uma ponta à outra, vai ser como se tivesse escalado o Monte Evereste e conseguido chegar ao topo. Vai ser "eu liiiiiii!!!" \0/
E chegámos ao fim da TAG. Espero que tenham gostado e, quem quiser, esteja à vontade para responder também.
Ora bem, 10 livros que estejam na minha lista de livros para ler e que planeio fazê-lo ao longo dos próximos três meses. É engraçado porque foi feito o mesmo Top Ten para o Inverno e dei conta de que só li dois livros da lista... Toda uma coerência, eu. Já nem digo nada quanto à da Primavera, mas são estes que gostava de ler:
1. A Cor do Hibisco - Chimamanda Ngozi Adichie
2. The Kite Runner - Khaled Hosseini
3. As Filhas do Graal - Elizabeth Chadwick
4. Rebecca - Daphne Du Maurier
5. Stardust - Neil Gaiman
6. O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry
7. Um Crime no Expresso do Oriente - Agatha Christie
8. Lugares Escuros - Gillian Flynn
9. A Dança dos Dragões - George R. R. Martin
10. Os Reinos do Caos - George R. R. Martin
(O Top Ten Tuesday é uma rubrica semanal da autoria do blog The Broke and The Bookish)
Há imenso tempo que não vos mostrava marcadores! Só que recentemente adquiri mais dois e, por isso, venho aqui partilhar convosco.
O marcador da esquerda é do Bookdepository e é, de todos os marcadores que vieram do site, o meu preferido. Adoro o desenho e as cores. O da direita comprei-o este fim-de-semana quando fui à exposição "A Paisagem Nórdica", do Museu do Prado, que se encontra no Museu Nacional de Arte Antiga. Gostei muito da exposição e comprei este marcador lá. É um pormenor de um dos quadros exibidos, O Porto de Amesterdão no Inverno, de Hendrick Jacobsz Dubbels.
Já sabem que se quiserem mostrar os vossos marcadores de livros mais originais, a vossa colecção toda ou os vossos preferidos, podem enviar as fotos para o email do blog e eu partilharei aqui. Fico à espera :)
Dou por mim a ler um calhamaço em formato ebook, no meu Kobo. É mais confortável do que ter que andar a carregar com um livro de quase 800 páginas para todo o lado. Na mala, quando saio. Tentar segurá-lo, quando estou a ler na cama. Lê-lo sentada sem ficar com uma dor de costas, por causa do peso do livro (sim, sou uma flor de estufa). É mais confortável, é mais prático, tem a vantagem de ter um dicionário à distância de um clique, sempre que surgir uma palavra que não conheço o significado. Posso estar a ler na cama com os braços por baixo dos lençóis, sem apanhar frio e sem ficar com cãimbras por estar a fazer uma qualquer acrobacia para o segurar e conseguir lê-lo sem complicações. Ironia do destino!
Dou por mim a ler um calhamaço que sei que vou ler durante praticamente todo este mês de Março, o The Eagle and The Raven, da Pauline Gedge. Dou por mim a ansiar pelo livro da Chimamanda Ngozi Adichie que me emprestaram, enviando-me o livro pelo correio, mas que os senhores dos CTT ainda não se dignaram vir entregar a minha casa. Esta odisseia dura já há duas semanas. E dou por mim, cinco minutos antes de escrever este texto, a olhar para a minha querida estante de livros, recheada de livros ainda por ler e a pensar "apetece-me tanto ler em papel!"
O que se conclui? Se passo muito tempo a ler em ebook, penso no conforto do papel. O segurar um livro, virar-lhe as páginas, cheirar o papel (sim, eu sou daquelas que cheira os livros...), carregar comigo o "peso" daquelas palavras, daquele mundo que me suspende daquele em que vivo. Mas quando passo muito tempo a ler em papel, anseio por voltar aos ebooks! Penso no meu Kobo ali encostado a um canto da secretária, com tanta bateria para gastar, com tantos, tantos livros também por ler.
E é assim que a minha cabeça funciona. Se estou muito tempo com o Kobo, penso nos meus livros em papel. Quando leio muito em papel, penso no meu Kobo com tantas possibilidades de leitura. E é por isto que os livros em papel não podem acabar. E é por isto que os e-readers são bemvindos.
:)
O Top Ten Tuesday desta semana dá-nos alguma liberdade. Pede-nos que façamos um top 10 de livros preferidos de sempre no género que quisermos e, como este mês o Só Ler Não Basta vai ser uma espécie de homenagem e celebração da literatura feminina, decidi fazer um top de 10 livros preferidos escritos por mulheres. Faço ali duas batotas, mas não reparem, sim?... Sem nenhuma ordem específica, aqui vão:
1. The Bell Jar - Sylvia Plath
2. Jane Eyre - Charlotte Brontë
3. A Room of One's Own - Virginia Woolf
4. The Winter Sea - Susanna Kearsley
5. The Lady Elizabeth - Alison Weir
6. As Brumas de Avalon - Marion Zimmer Bradley
7. Frankenstein - Mary Shelley
8. Oryx and Crake - Margaret Atwood
9. Vendidas - Zana Muhsen
10. Saga Harry Potter - J. K. Rowling
Há aqui mulheres para todos os gostos, vários géneros literários, vários temas e várias épocas. E haveria aqui mais mulheres para incluir, mas o top é só de 10... Quem quiser dar as suas sugestões de autoras a ler, tem ali a caixa de comentários :)
(O Top Ten Tuesday é uma rubrica semanal da autoria do blog The Broke and the Bookish)
E aqui está mais um vídeo do Só Ler Não Basta em que partilhamos convosco as nossas leituras e os links mais interessantes que encontrámos na internet. Além disso, anunciamos o tema do mês que é: literatura no feminino! O mês de Março vai ser dedicado a autoras, a livros escritos por mulheres, a livros com fortes personagens femininas, livros que inspiraram e inspiram, autoras de que gostamos e recomendamos, enfim... tudo o que está relacionado com as mulheres e os livros.
Ficámos a saber, também, que através da autora e artista Joanna Walsh e um bocado sem querer, surgiu um movimento de leitura para este ano de 2014 que visa mudar hábitos de leitura de forma a incluir mais literatura no feminino. Podem ver a história completa aqui. O movimento tem, até, uma hashtag: #ReadWomen2014
Esperamos por vocês na discussão no Goodreads, ou nos comentários a este post ou no Youtube!
Links:
Diana - Impatience has its rewards: books are rolled out faster
Telma - Shelving a fear of romance
Carla - It's not only adults who need comfort reading
Link Extra: 50 Books by Women Authors for #ReadWomen2014
Leituras:
Diana - The Eagle and The Raven, de Pauline Gedge
Telma - Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell
Carla - O Meu Programa de Governo, de José Gomes Ferreira
... Tenho aqui um poema dedicado às mulheres e escrito por uma mulher. Florbela Espanca, a minha poetisa preferida de todo o sempre.
A Mulher
Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem
Enquanto a boca ri alegremente!
Quanta paixão e amor às vezes têm
Sem nunca o confessarem a ninguém
Doce alma de dor e sofrimento!
Paixão que faria a felicidade.
Dum rei; amor de sonho e de saudade,
Que se esvai e que foge num lamento!
O Top Ten Tuesday andava esquecido por estes lados! Mas como nunca é tarde para ressuscitar uma rubrica, cá estou eu com ela. Hoje é para fazer uma lista com 10 autores populares que nunca li, mas que quero ler - esta última parte acrescentei eu. Ora bem, aqui vai.
Victor Hugo - Entre as suas obras contam-se Os Miseráveis e O Corcunda de Notre-Dame. Comecei a ler ambos, não acabei nenhum. Uma vergonha, eu sei...
H. P. Lovecraft - Tenho aqui uma colectânea de contos dele e ainda não a li. E agora com a série True Detective (vejam!!!) a minha curiosidade ainda tem aumentado mais porque há várias referências que remetem para ele, mas não só - Robert W. Chambers, por exemplo, também lá está.
Khaled Hosseini - Quero ver se é este ano que pego num livro deste autor. Tenho cá o The Kite Runner (O Menino de Cabul) e tenho muita curiosidade para o ler, uma vez que tem a ver com uma cultura da qual sei pouco ou nada.
Charles Dickens - Pois é. "Ah e tal um curso de literatura inglesa e gosto imenso de clássicos e blá, blá blá", e nunca li Dickens. Uma vergonha. E nem vos digo que até tenho cá o Hard Times e tudo...
Ursula K. Leguin - Uma Senhora da fantasia e ficção científica que tenho muita curiosidade em ler mas que ainda não tive oportunidade.
Arthur Conan Doyle - Não, também nunca li nenhum livro do Sherlock Holmes...
Philippa Gregory - Autora de romance histórico, focado em algumas das mulheres mais importantes da história da Europa ocidental, durante os períodos da Idade Média e Renascimento. Tenho cá The Red Queen (A Rainha Vermelha) e tenho bastante curiosidade para o ler. Mas lá vou adiando, para variar...
Daphne Du Maurier - Tenho o Rebecca para ler há imeeeeeenso tempo e nunca mais! Ainda por cima toda a gente que conheço e que leu, adorou. Tenho que arranjar tempo para este. Posso só dizer que adoro esta foto da autora?
Salman Rushdie - Tinha uma professora na faculdade que era fã do Rushdie e, a partir daí, fiquei com imensa curiosidade de ler um livro dele, especialmente o The Satanic Verses (Os Versículos Satânicos) e o Midnight's Children (Os Filhos da Meia-Noite).
Robin Hobb - Mais uma senhora da fantasia que quero muito ler! Tenho cá duas trilogias dela no Kobo e nunca mais chega o dia.
(O Top Ten Tuesday é uma rubrica semanal da autoria do blog The Broke and the Bookish)
Mais um mês que passa, mais um post de outras leituras!
25 Proper Ways to Read a Book - Uma colecção de gifs demonstrativos de várias maneiras para se ler um livro.
The 10 Worst Couples in Literature - Porque passou o dia dos namorados e também na literatura o amor acontece. E aqui ficam alguns casais da literatura em que a coisa não correu propriamente bem...
16 Books To Read Before They Hit Theaters This Year - Uma lista com os livros que vão ser alvo de adaptações pela parte do cinema, durante o ano de 2014. Eu gosto que vocês estejam actualizados!
50 Books by Women Authors - Aparentemente, e eu não sabia disto, vai haver todo um ano dedicado à leitura de livros escritos por mulheres, durante 2014. E encontrei esta lista interessante com livros dentro deste género e, por isso, decidi partilhar convosco. Há aqui coisas que parecem muito interessantes.
Comic-Cons há muitas - Um texto do blog Mundo Fantasma que põe os pontos nos i's quanto ao anúncio da Comic-Con em Portugal. Há que estar atento e perceber que as coisas podem muito bem não resultar naquilo que se está à espera...